Buraco do Tatu

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

São Paulo - Século XVIII - Das Casas de Taipa ao Tijolo



Quem conhece a taipa? Pessoalmente, posso dizer que morei minha infância em uma casa de taipa, no interior de São Paulo, na década de 80 de nosso tempo.

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A Taipa é uma técnica em que a partir de uma armação de madeira, tábuas e taquara, constroi-se paredes de barro pré socado, este moldado nos vãos quadriculados da armação.

No entanto, na São Paulo do Sec XIX, o impulso do café denotava mudanças radicais, sobretudo no conforto exigido pela nova clase que se assenhorava da metrópole. Após intensas enchentes no ano de 1850, a taipa começou a ser questionada  nos pavimentos inferiores das casas metropolitanas.

Casas de Taipa e Alvenaria
Rua da Constituição (atual Florêncio de Abreu), São Paulo, em 1860

Segundo Nuno Santana (1) , Ofício de 1850 sugeria que o uso da taipa fosse restrito a andares superiores, no caso de sobrados, e apenas para as paredes das casas térreas, sendo os alicerses de alvenaria.

Mas a produção de tijolos era pequena, pois segundo Galvão de Fontoura a primeira grande fábrica só foi inaugurada em 1859, no Bom Retiro. Cita ainda Ernani Silva Bueno (2) que para  construção do Seminário Episcopal, entre 1855 e 60, valeram-se do sistema de Taipa pela insuficiência da produção.

Incrível imaginar que de Taipa também eram as torres das igrejas, que sofriam com as tempestades, por vezes raios, como um que atingiu em 1830 a torre da igreja da misericórdia.(2,3). 

Seja como for, a taipa sobreviveu nas regiões mais inóspitas e interioranas do Brasil, onde perdurou forte até 1950 ou um pouco mais.

Para finalizar, transcrevemos informação constante em Ernani Silva Bueno (2) de que em Piracicaba a primeira construção de tijolos descambou numa "bolsa de apostas" sobre se ela cairia ou não.. o dono se irritou e colocou uma placa: "O dono desta obra não deve satisfações a ninguém!"

Por Rogério Silva Temporini

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1 Nuno Santana, São Paulo Histórico 1
2  Ernani Silva Bueno, História e Tradições da Cidade de São Paulo
3  Jornal O FAROL PAULISTANO, número 412, de 1830

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Caboclo D'agua está a solta...


http://www.youtube.com/watch?v=jbFyX56sk2U

      A riqueza do folclore brasileiro, o oficial e o "local", é a própria riqueza do nosso povo, tão robusta que muitas vezes vaza um pouquinho para a realidade, ou será mesmo que não seja, por vezes, a própria realidade?

     O fato é que a cidade de Barra Longa (MG) vive dias de intensa agitação com as muitas histórias recentes sobre o encontro com o tal Caboclo D'água... Bem, a história é longa, e vale o vídeo abaixo. Deste, extraimos a muito custo o que pode ser a descrição falada do monstro ...



   Há muitos textos sobre o Caboclo; temos uma informação quente:


"...Os pescadores, para afugentá-lo, costumam pintar uma estrela debaixo de seus barcos.
O pescadores quando sentem que estão sendo perseguidos pelo Caboclo d’Água, oferecem um pedaço de fumo ao monstro, o que aparentemente o acalma. Mas não por muito tempo.

Algumas pessoas já tentaram chegar à gruta que é sua morada por causa do ouro, mas todas foram encontradas mortas algum tempo depois.É uma espécie de maldição lançada pelo caboclo, quem sai da gruta não pode ficar vivo para contar o que viu..."  fonte



   Bem, agora é só dar Play! é no Jornal Nacional!

Abraços e boa imaginação a todos!   
RST

A História me fascina; propriamente, a história de minha cidade(São Paulo) e de sua formação, as migrações no estado de São Paulo, a história da ferrovia e as formações do folclore e da cultura musical do Sudeste.

Mas.. as "estórias" também sempre me envolveram e brilham ainda em minha memória; as "estórias" contadas pelo meu avô, sobre entidades folclorescas da escuridão, e suas digressões... Gosto do Lobisomen e do boitatá... E conversaremos sobre eles brevemente!